06/05/2025
09:15:15 AM
Diante de um dos cenários mais adversos dos últimos anos para a cadeia do arroz no Brasil, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) anunciou articulações junto ao sistema financeiro, aos governos federal e estadual e a entidades do setor. Segundo a entidade, o objetivo é buscar medidas emergenciais que aliviem a pressão de venda e garantam sustentabilidade à produção.
"O momento é agravado por uma conjunção de fatores: aumento de área cultivada, produtividade elevada, demanda interna enfraquecida, exportações aquém do esperado e preços internacionais baixos", explica. Segundo a consultoria Safras & Mercado, a oferta no país está em 14,2 milhões de toneladas, frente a uma demanda de 12,2 milhões, o que projeta estoques de passagem acima de 2 milhões de toneladas — um patamar recorde.
Entre as ações em andamento, a Federarroz afirmou que negocia com Banrisul, Banco do Brasil e Sicredi o escalonamento dos financiamentos de custeio, buscando dar fôlego ao produtor. “Os preços hoje inviabilizam a produção. É preciso criar alternativas para evitar maior pressão de venda”, destaca o presidente da entidade, Alexandre Velho.
Na esfera estadual, a entidade participou de audiência com o governador Eduardo Leite na quarta-feira (4), onde foram solicitadas medidas tributárias emergenciais. Conforme o diretor jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, o governo demonstrou sensibilidade e se comprometeu a buscar soluções de curto prazo, reconhecendo os impactos econômicos e climáticos que afetam o setor. Também está prevista mobilização em Brasília com agenda junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), marcada para esta sexta-feira (6).
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