08/04/2025
01:39:39 PM
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Parceria com o MDA visa restaurar áreas degradadas e fomentar cultivos sustentáveis na Margem Equatorial e no Arco do Desmatamento
A Petrobras oficializou, nesta quinta-feira (31), sua adesão ao Programa Nacional de Florestas Produtivas, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O programa é uma das agendas prioritárias do governo federal para a COP 30 e tem como foco a restauração agroflorestal, integrando lavoura, pecuária e floresta, com estímulo à produção sustentável de cultivos como cacau, açaí, cupuaçu e maracujá.
“Estamos muito felizes com essa parceria que vai ajudar a alavancar o Programa Florestas Produtivas. Ele tem como objetivo manter a floresta em pé, com a recuperação de áreas degradadas e, ao mesmo tempo, garantir renda a quem vive nela”, afirmou o ministro Paulo Teixeira, em nota divulgada pela Petrobras.
Segundo Teixeira, a iniciativa marca “um dia histórico” na agenda ambiental do país. “Queremos recuperar a cobertura vegetal com espécies produtivas para desenvolver o meio rural. A Petrobras entra com toda força para dar uma resposta brasileira ao tema climático.”
Recuperação ambiental com foco social
O acordo prevê a abertura de chamadas públicas para contratação de projetos voltados à recuperação de áreas degradadas na agricultura familiar, com uso de sistemas agroflorestais como base tecnológica. A meta inicial é recuperar, no mínimo, 4,5 mil hectares em estados da Margem Equatorial, região considerada estratégica tanto por seu potencial ambiental quanto por suas reservas de petróleo e gás.
A diretora executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, destacou que o acordo fortalece a atuação da companhia em direção a uma economia de baixo carbono. “A Petrobras reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento social, unindo forças com o MDA para fortalecer a agricultura familiar e a conservação ambiental”, afirmou.
Investimento e alcance
O Programa Nacional de Florestas Produtivas já conta com R$ 200 milhões em investimentos, destinados à restauração do Arco do Desmatamento — que vai do leste do Maranhão ao Acre. Desse total, R$ 150 milhões foram aportados pelo BNDES, por meio do Fundo Amazônia, e R$ 50 milhões pela Caixa Econômica Federal, via Fundo Socioambiental CAIXA.
A proposta alia sustentabilidade ambiental com inclusão socioeconômica, oferecendo novas fontes de renda a pequenos produtores e comunidades tradicionais por meio do cultivo sustentável de espécies nativas de valor comercial.
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